Cuidar de uma pessoa com a doença de Alzheimer pode se tornar muito difícil em alguns momentos e exige dos profissionais capacitação, amor, solidariedade, paciência e dedicação. O cuidador deverá ter competências que vão desde comunicação eficaz com um paciente que apresenta problemas na comunicação até a capacidade de reconhecimento de sinais de alerta em caso de piora do quadro clínico. Também é preciso ter conhecimentos sobre manipulação, alimentação, higienização e administração acerca de medicamentos.
O paciente com Alzheimer precisa tomar remédios para a demência diariamente que ajudam a retardar o avanço da doença e controlam os comportamentos, como a agitação e a agressividade. No entanto, pode ser difícil para o paciente tomar os remédios sozinho, pois pode se esquecer e por isso o cuidador deve estar sempre atento para garantir que o medicamento seja ingerido nos horários indicados pelo médico.
O treinamento das funções cerebrais deve ser feito diariamente para estimular a memória, a linguagem, a orientação e atenção do paciente. O objetivo das atividades, como completar quebra-cabeça, ver fotografias antigas ou ler o jornal por exemplo, é estimular o cérebro para que funcione adequadamente, durante o máximo de tempo, ajudando a recordar momentos, a manter a fala, a fazer pequenas tarefas e a reconhecer outras pessoas e a si mesmo. Além disso, é fundamental promover a orientação do paciente, tendo um calendário na parede de casa atualizado, por exemplo, ou informando-o várias vezes ao dia sobre qual o seu nome, a data ou a estação do ano dependendo do avanço da doença. Atividades físicas também são muito importantes como caminhar ou fazer hidroginástica por 30 minutos, talvez sejam necessárias seções com um Fisioterapeuta para melhorar a qualidade de vida.
O cuidador deve ajudar o paciente na interação com a família, sentar para jantar, conversar e interagir evitando assim o isolamento e a solidão que acabam agravando o problema.