Vacina Meningocócica B

22 de fevereiro de 2017

Vacina Meningocócica B

A vacina que protege contra a meningite do tipo B já está disponível. Até o momento não existia nenhum tipo de imunização contra a doença, considerada de grande letalidade por conta da rápida evolução do quadro clínico após a infecção.

Produzida pela GSK e aprovada em janeiro de 2015 pela Anvisa, a BEXSERO (nome comercial) é indicada a partir dos dois meses e pode ser aplicada até os 50 anos.

O meningococo B (MenB) é um dos principais causadores de meningite bacteriana no mundo. Para se ter uma ideia da gravidade da doença, de cada dez casos, dois são fatais. As meningites bacterianas, que representam de 20% a 40% das meningites, são consideradas as mais graves, devem ser tratadas com antibióticos e requerem hospitalização em UTI, devido à alta taxa de mortalidade. Já as meningites virais, que felizmente são a maioria, são bem mais leves e em geral não exigem internação. Raramente, as meningites podem ser provocadas por fungos ou pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose.
Segundo o pediatra Renato Kfouri, vice-presidente da SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações), é de extrema importância a criação dessa vacina, pois dentre as doenças que possuem prevenção atualmente, tais como as hepatites, a difteria ou o tétano, a meningite B é a mais letal. “Quando o paciente entra em contato com a doença, pode perder a vida ou então ficar com sequelas gravíssimas, como cicatrizes, amputações e debilidade motora.”

O que torna a enfermidade ainda mais traiçoeira é o fato de que seus sintomas são facilmente confundidos com os de uma virose, por exemplo. O paciente, a princípio, pode ter febre, náusea, vômito, dor de cabeça, cansaço e irritabilidade. Na sequência, pode apresentar manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. “Infelizmente, é bastante comum a pessoa ir até o pronto-socorro diversas vezes e voltar cada vez com um diagnóstico diferente. Entretanto, se ela não for tratada imediatamente, pode morrer em poucas horas”, ressalta o especialista.

A transmissão da doença acontece por meio de secreção respiratória (presente na saliva, espirro e tosse).

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

1) Quem pode se vacinar: 
R: Crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos até 50 anos de idade.

2) Contraindicações: 
R: Apenas as contraindicações gerais de todas as vacinas: quadro febril agudo ou alergia grave (anafilaxia) a um dos componentes da vacina.

3) Esquema de doses:
• Crianças até 6 meses: três doses aos 3, 5 e 7 meses de idade (intervalo de 2 meses entre as doses), com um reforço entre 12 e 15 meses.

• Crianças entre 7 e 11 meses: duas doses com intervalo de 2 meses e reforço entre 12 e 15 meses de idade, com intervalo mínimo de 2 meses da última dose.

• Crianças entre 12 meses e 10 anos de idade: duas doses com intervalo de dois meses.

• Crianças a partir de 11 anos, adolescentes e adultos: duas doses com intervalo de um mês.

4) Reações: 
R: Reações locais (dor, vermelhidão, inchaço e calor no local da aplicação) e febre, principalmente nas seis primeiras horas após a vacinação, que geralmente regride em 72 horas.

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